quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Marketing Holístico.




Quem me lê já deve ter percebido o quanto eu gosto de pensar sistematicamente, às vezes preciso me conter para não escrever muito, pois vou puxando um assunto atrás do outro. Cá estou falando do sistema...

Para definir objetivos de marketing e comunicação deve-se planejar com base no todo. Definir os "pês" de marketing considerando o conjunto: o público que precisa do produto/serviço, este que precisa de uma praça (canal de distribuição) para ser ofertado e que precisa de promoção (comunicação) para ser informado. Se não houver essa integração, alguma coisa sairá errada.

Entretanto, há mais uma infinidade de coisas que compõe este planejamento, e é sobre essas "coisas" que vim falar.

Marketing Holístico é uma expressão proposta por Philip Kotler e Kevin Lane Keller, no livro Administração de Marketing (2006, 12.ed.). A expressão indica a importância de uma abordagem reconhecer e harmonizar o escopo e as complexidades das atividades de marketing.

Dentro desse contexto, entende-se por holismo o que não pode ser entendido por meio de uma análise separada - divisível -, pois não é possível entender o homem (os movimentos) em partes, mas como um todo que faz parte de um sistema. O movimento holístico consiste em passar da realidade relativa do mundo concreto a realidade absoluta do mundo de luz e de integrar os dois mundos de tal modo que o programa do todo se encontre em todas as partes.

No entanto, a interpretação que proponho é baseada no confronto entre o ser profissional e o ser pessoal, pois o pensamento holístico é sustentável. Ou seja, o indivíduo e a natureza não estão separados, formam um conjunto de sentimentos, conhecimentos, habilidades e atitudes. Acredito nesse pensamento para transformarmos o mundo num lugar melhor em todas as nossas ações.

O marketing como uma função gerencial que proporciona ao mercado experiências de compra, deve compreender as ações de comunicação integradas e sustentáveis com o intuito de tocar o consumidor/cliente durante a entrega de valor emocional e afetivo, por meio de uma comunicação clara, objetiva e verdadeira.

Será que, um dia, teremos um lugar assim?
Por enquanto são só ideias. Ideias que eu, como profissional socialmente responsável, pretendo explorar a partir de 2010!

E que venha o novo ano.
A saber, Marketing Holístico engloba o marketing integrado, de relacionamento, interno e o marketing socialmente sustentável.

A vocês, todos aqueles votos de felicidades, amor e PAZ na noite de Natal e Ano Novo. Juízo!

Ainda volto por aqui este ano com uma desconstrução criativa...
Caso queiram perguntar-me algo: Formspring.me/liviabrito

Grande abraço,

Lívia Brito.



domingo, 6 de dezembro de 2009

Inteligência Social, ligue o seu radar.




Não é incomum conhecermos profissionais estáticos, inertes ao mundo. Produzem apenas o que lhes competem, não reciclam os conhecimentos e agem com visão limitada. Este tipo de indivíduo perde espaço em pouco tempo.


Cada um é responsável pelo seu desenvolvimento e sabe que para isto há uma infinidade de possibilidades e oportunidades, basta otimizar os objetivos, as metas e o tempo. Neste contexto, considero a Inteligência Social um dos fatores que propicia "abrir a caixinha" do
eu interior para novas descobertas.

Inteligência ou competência social corresponde à capacidade de lidar com as pessoas, entender os seus sentimentos, os relacionamentos sociais e as convenções morais (Albrecht, 2006). Indivíduos com alta inteligência social possuem "radar social", têm uma percepção mais apurada, são sensíveis aos acontecimentos, conseguem interagir com diferentes mundos e meios. É o que comumente chamam de uma pessoa socializada, ou anti-social, no entanto com uma abordagem voltada às relações profissionais.


Profissionais com baixo "teor" de inteligência emocional e social dificilmente conseguem se adequar às mudanças, são resistentes e não compreendem que o desenvolvimento advém da boa vontade em fazer alguma diferença, e normalmente não se deixam mudar. Atualmente, as empresas preferem contratar as pessoas que buscam diferenciação e relação interpessoal flexível, dentro e fora da organização.


Esta competência requer "radar social", ou seja, estar atento de tal modo que possamos antever (percepção) características e perfis daqueles com quem lidamos e gerenciar a maneira como nos relacionaremos. Ao desenvolvermos esta inteligência criamos oportunidades de ampliar o networking (rede de relacionamentos) e interagir com culturas, pensamentos e profissionais diversos que, de alguma forma, transmitem conhecimento para a nossa "caixinha".

Vivemos uma era de transformação, de informação, de evolução nos relacionamentos, fatos que oportunizam a busca por capacitação social, pessoal e profissional. Pesquisas revelam que 15% do sucesso resultam da competência técnica, enquanto 85% referem-se à habilidade de se relacionar com as pessoas e desenvolver o pensamento sistemático. Pode-se afirmar que esta é uma característica inerente ao nexialista. Nexialistas são indivíduos capazes de solucionar problemas relacionando variadas abordagens, são aqueles que não são bons em um ou outro departamento, mas possuem ampliado conhecimento do todo, responsáveis por trazer o nexo e o gerenciamento de informações às estratégias organizacionais. (Maiores informações indico o livro O Marketing na Era do Nexo por Walter Longo e Zé Luiz Tavares).

Infelizmente presenciamos recém-formados com alto conhecimento técnico, entretanto quando entram para o mercado de trabalho deparam-se com a dificuldade de se relacionar com outrem. É preciso bom senso, autoconhecimento e reavaliação dia após dia, é necessário C.H.A.: Conhecimento, Habilidade e Atitude. Sair da "caixinha" e buscar outras competências. Que mal há ser economista e fazer teatro?

Relacione-se, socialize, amplie, compreenda... VERBALIZE!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O que acontece quando as mulheres vão às compras?



Engana-se quem acredita que a maioria das mulheres é mais consumista quando está na TPM. Não há dia nem hora, basta ter dinheiro na conta e disposição para caminhar de loja em loja. Sempre existe um motivo para ir às compras, mesmo que seja apenas gastar com o desnecessário. Não ter nada para fazer, desilusões amorosas, tédio num dia de sábado ou domingo, sair da rotina, achar que precisa renovar o guarda-roupa - tudo isso é uma motivação para passar uma tarde no shopping e sair carregada de sacolas.


Então ela decide pegar o ônibus ou levar o seu carro para passear, e muita, muita disposição para “bater pernas”. Nessas horas a comunicação e o marketing fazem uma grande diferença, desde a disposição das peças no ponto de venda (PDV) até o atendimento. Nem sempre o preço é empecilho, dependendo do produto/serviço.

A vitrine é o cartão de visitas quando apresenta uma variedade de peças sem deixar a loja poluída. Elas entram no local com uma ansiedade comum das mulheres, é o espírito consumista que toma de conta dos seus instintos e decisões de compra. Adoram quando as deixam à vontade na procura pela roupa ou acessório ideal. E fica impressionada quando surge alguma vendedora atenciosa. As mulheres prezam o bom atendimento, e num dia desse o que mais precisam é de atenção.

Mesmo que a conta tenha sido superior ao que pretendia gastar, ela paga porque achou o que procurava e foi bem atendida. Primar pela boa relação com as clientes e deixá-las satisfeitas, mesmo que não comprem nada, é uma das melhores ações de marketing – um dia elas voltarão e vão estourar o cartão de crédito.

Cada sacola é uma vitória e um sorriso no rosto, principalmente quando estão de bom humor. É comprovado: comprar deixa a mulher mais leve, mais feliz. Pode-se comparar a uma “rapidinha” com aquele amigo ou conhecido num dia qualquer da semana para sair da rotina, algumas até se arrependem horas depois, mas na hora foi a melhor transação do mundo. Em um dado momento esquecem e até programam outra saidinha – ao shopping.

A comunicação com este tipo de mulher deve ser singular, clara e objetiva. As vendedoras que tentam enrolar ou estão de “cara amarrada” são deixadas falando sozinhas, e dividir a atenção entre duas ou mais freguesas é a gota d’água. Ainda que não estejam com pressa, não estão ali para perder tempo e outras oportunidades de compra. É válido observar a diferença entre as mulheres que saem para passear e acabam comprando uma coisinha ou outra, daquelas que vão efetivamente comprar. É fácil identificar uma consumidora em potencial e se a comunicação é sem floreios é fácil torná-la uma cliente fiel.

É um público com características únicas: são pensativas quando param em frente a uma vitrine, são rápidas nas escolhas e por vezes muito indecisas. Por vezes pensam que poderiam investir melhor aquele dinheiro, mas quem está na chuva é para se molhar. São engraçadas e compartilham de experiências pessoais e/ou profissionais com as atenciosas vendedoras. Por isso a oportunidade de torná-la a melhor amiga da loja ou marca, converse: essa é a dica.

Sejam as mais modernas, as ‘antenadas’ com as estratégias de marketing, as mais hippies, as patricinhas, as ‘bichos-grilo’, as mães, as vovós, as meninas, as plugadas, as emos, as revoltadas com o consumo alheio – mulher gosta de gastar, ainda que seja com aquele livro de romance policial que tanto queria. Para conquistar uma mulher a comunicação e as estratégias de marketing devem ser envolventes, de tal modo que a rapidinha se transforme em um amor para vida toda.

Lívia Brito.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A importância de educar o consumidor.


Há uma infinidade de empresas que ofertam outra infinidade de produtos/serviços. Entretanto, são poucas as que educam os seus consumidores antes, durante e depois da decisão de compra. Em primeiro lugar, e isso é ordem precípua para toda organização, deve-se conhecer o mercado: nichos e segmentos; para então observar e entender as necessidades e desejos que motivam clientes/consumidores.

Apresento um exemplo prático. Sou assessora administrativa de uma pequena indústria de produtos para saúde, que fabrica determinado produto para limpeza de instrumentais cirúrgicos e endoscópios, previsto pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Antes de entrarmos para o mercado, um concorrente direto dominava o segmento; cujo posicionamento é essecialmente pela qualidade de produto e preço elevado, enquanto outros fabricantes brigam apenas por preço baixo.

Compara-se a marca deste concorrente com o sabão Omo, pois ainda hoje, consumidores que compravam o produto ‘X’, entendem que todo detergente à base de enzimas é da marca ‘X’. Neste caso, a reeducação do cliente é um dos principais desafios dos concorrentes diretos e indiretos. Para tanto, percebeu-se que mostrar a qualidade, ou o preço, já não eram suficientes para os consumidores – entende-se como a Comissão de Materiais e Esterilização, na qual presidem enfermeiras chefes.

Como o nosso objetivo era ganhar os principais clientes do concorrente “X”, iniciamos um processo de educação do cliente, que vai desde os testes com o produto até palestras que compreendem todo o entendimento sobre enzimas, princípio ativo do produto; bem como a sua importância/concentração para a eficaz limpeza dos instrumentais. Essa atividade faz uma grande diferença na hora da decisão de compra, levando ainda em consideração o custo/benefício do nosso produto em relação aos demais. Hoje, concorremos diretamente com o “X”, no entanto oferecemos mais por menos, devido a uma reestrutura na produção e o poder de barganha do departamento de compra frente aos fornecedores. Tendo em vista que o produto do concorrente é importado, totalmente produzido no exterior e distribuído no Brasil.

Sabe-se como é difícil fazer com que uma dona de casa use um produto “Y”, após ter utilizado por um longo período de tempo o “X”, no entanto uma boa fatia de mercado foi devidamente reeducada a experimentar a marca “Y”, possibilitando comparar custos/benefícios. Mesmo que a reputação do “X” permaneça por longo tempo.

Depois de muito trabalho conseguimos ganhar grandes clientes (hospitais) que hoje são consumidores fiéis a nossa marca. O processo de reeducação que não para por aqui, ainda tem muito trabalho pela frente, realizado pelo setor comercial e técnico. No entanto, todo o trabalho de conquista deve permanecer periodicamente com o pós-venda: controlando o estoque para não deixar o consumidor sem produto, acompanhar a devida utilização do produto para que não haja desperdício e prezar pela saúde das enfermeiras em relação ao manuseio do detergente. Apesar de o produto ser 100% biodegradável e não iônico, os profissionais que o manuseiam podem ser sensíveis a alguma substância química presente do enzimático.

A descrição desta história foi apenas uma ilustração sobre a necessidade de educar, e se necessário reeducar o consumidor; proporcionando inúmeras possibilidades e argumentos para a tomada de decisão, com o intuito de mantê-lo fiel. Não basta ofertar um produto se não vier com serviços agregados, bem como gerar inúmeros serviços sem que haja uma boa relação e comunicação com o comprador, essa metodologia gera confiabilidade e aderência da marca.

O sistema 8P's.





Alexandro Bernhardt, professor e PhD, entende que 4 P’s de marketing já não são mais suficientes para entender o mercado. Neste contexto, o referido professor concorda com Francisco Madia, que em seu livro Introdução ao Marketing de 6ª Geração, explana que durante 25 anos as matrizes convencionais do marketing, proposto por Jerome McCarthy em 1960, consideraram apenas os 4P’s. Atualmente, aos quatro determinantes de marketing foi agregado mais quatro, processo que possibilitou evolução e amadurecimento dos quatro primeiros.

O sistema 8P’s é tido na atualidade como o mais moderno e completo, passando a ser denominado pelos profissionais de marketing como as ferramentas mercadológicas, ou mix de marketing, ou composto de marketing (MADIA). Bernhardt afirma que é preciso desenvolver e planejar o sistema, com cuidado e atenção para a elaboração do Planejamento Estratégico de Markrting.

São eles:

Produto (Product)
Refere-se ao desenvolvimento do composto do produto, ou seja, todas as características que envolvem o produto a ser comercializado no mercado, levando em consideração as boas condições do produto, opções de modelos e design, utilização.

Preço (Price)
Refere-se ao valor cobrado por um produto ou serviço disponível no mercado. A formulação de um preço deve considerar três fatores: o custo, a concorrência e o consumidor, não podendo estar muito acima, nem muito abaixo dos preços praticados no mercado.

Distribuição (Place)
Refere-se às atividades de logística do produto, ou seja, todas as ações de responsabilidade do trajeto do produto da saída da linha de produção até a chegada ao consumidor final. A distribuição leva o produto certo ao lugar certo, por meio dos canais de distribuição adequados.

Promoção (Promotion)
Refere-se às estratégias de comunicação do produto no mercado, mais conhecida como composto de comunicação, pois uma empresa administra um complexo de comunicação integrada de marketing: propaganda, publicidade, venda pessoal, merchandising, promoção de vendas, promoção de eventos e relações públicas.
Fornecedores (Providery)
Refere-se ao relacionamento estreito que a empresa deve ter com seus fornecedores, de forma a garantir a qualidade do produto final, informações de tecnologias e avanços da área, além de agilidade na entrega e preços competitivos.

Pessoas (People)
Refere-se ao relacionamento que a empresa deve ter com os diversos públicos com os quais mantém alguma comunicação, os quais participam direta ou indiretamente com o resultado final da comercialização do produto. São as atividades de endomarketing e marketing integrado, geralmente de responsabilidade do relações públicas, pois está voltado para o lado institucional da empresa.

Proteção (Protection)
Refere-se à consciência sobre questões legais, não só de marca e produto, como proteção ambiental e outras questões sociais que impactam na imagem da empresa.

Pós-venda (Post Place)
Refere-se à preocupação da empresa no acompanhamento do comportamento do consumidor após a compra. A responsabilidade da empresa com o cliente começa a partir do momento que ele toma a decisão de compra do produto.

De alguma forma estamos em comunicação direta com os novos “P’s”, no entanto não a ponto de considerarmos importante na confecção do Planejamento Estratégico de Marketing. Dessa forma, é possível observarmos o quão imperativo é abordar o composto de marketing com pensamento sistêmico, para que vejamos a floresta ao invés de vermos apenas as árvores.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Perceber e criar oportunidades.




Raros são os momentos em que oportunidades batem na nossa porta. Por isso, é preciso atenção para entender, filtrar e interpretar as informações que recebemos. Além das oportunidades pessoais e das lições que encaramos um pouco a cada dia, as oportunidades profissionais são as mais percebidas. Mais do que perceber uma oportunidade, é preciso criá-las.

Nem todo mundo é capaz de aproveitar uma oportunidade, mesmo que seja percebida. Geralmente é por medo, falta de tempo e, na maioria das vezes, por comodismo. Essa semana o meu chefe me transmitiu um conhecimento, além dos muitos que transmite cotidianamente, justamente sobre criar oportunidades. Na hora percebi a oportunidade que deixei passar, mas não perdi a oportunidade de criar outras, e me dei bem.

Confesso que nunca fui tão observadora como agora. Desatenta e distraída deixei de medir esforços para aproveitar o que estava na minha frente. Mas com o tempo compreendi a importância de observar tudo o que ocorre ao redor, principalmente quando lidamos com gestão administrativa, marketing e financeiro. Nem tudo é inútil quando a tarefa é tomar decisões, e nisso as circunstâncias proporcionam argumentos, informações e conhecimentos para não errar no ponto.

E se prestarmos bem a atenção, as oportunidades estão presentes em qualquer lugar e se nos prepararmos podemos criá-las o tempo todo, é só deixar o comodismo de lado e manter a visão sistêmica. Não é possível viver e pensar isoladamente, sabe-se disso, mas muitas vezes nos deparamos com pessoas de mente fechada e que não compreendem a influência que o mundo tem sobre nós e nas nossas decisões.

Mario Persona, palestrante, autor e consultor de comunicação e marketing, em um artigo publicado no Administradores.com.br, defende que
o melhor planejamento é manter sempre um pensamento estratégico de abordagem de mercado e de detecção de oportunidades, lembrando destas três atividades: detectar, analisar e atender.

Toda oportunidade detectada precisa ser analisada, com o intuito de observar os recursos e o tempo disponíveis para a execução, a disponibilidade para mudar e, também, é preciso considerar a necessidade de mudar ou de concretizar uma oportunidade. Tudo deve ser medido, sistematicamente, para que não haja frustração e para que o risco seja próximo à zero, e claro: resulte em sucesso.

Criar oportunidades é estar preparado para a "guerra", realizar cenários é criar oportunidades. Quando me refiro à guerra, compreendo que estamos em estado de guerra o tempo todo, uma guerra que não tem perdedores ou vitoriosos, mas pensadores que planejam juntos, seja no ambiente de trabalho, em casa, em uma equipe de trabalho ou numa "conversa de boteco".

Perceba, instigue o pensamento de outras pessoas, apresente, proporcione, aprenda, transmita, crie - são as palavras-chave para um profissional de sucesso. Abra as portas, mas também construa.

Lívia Brito.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Os mercados de amanhã

C. K. Prahalad¹

Para aqueles que trabalham para desenvolver os mercados de amanhã, a pobreza aparente do “planeta urbano” esconde uma realidade menos visível. Esteja localizada em São Paulo, na Cidade do México ou na indiana Mumbai, qualquer favela é um centro econômico dinâmico. As pessoas que vivem lá possuem as mesmas aspirações que a classe média urbana ligada em marcas. Elas formam o mercado de amanhã para televisores, telefones celulares, produtos farmacêuticos e videogames.


Essas pessoas também são empresárias. Por exemplo, em Dharavi, uma das maiores favelas da Índia, fabricantes locais produzem artigos de couro, jóias de ouro, alimentos embalados e artigos médicos. Há pequenas lojas administradas por um ou duas pessoas e fábricas que empregam entre 50 e 100 pessoas.


Infelizmente, esses centros econômicos emergentes e vibrantes, de consumidores e produtores, tendem a existir no que se chama setor informal, fora da lei. Esses termos são usados muitas vezes para negar sua importância, mas eles indicam simplesmente que o setor não é parte da economia formal do país. É importante que os governos reconheçam esses pólos de atividade econômica e os ajudem a se integrar à economia formal.


As grandes empresas podem contribuir para esse processo. Por exemplo, os bancos podem ao mesmo tempo dobrar sua base de clientes e aprender a como oferecer serviços financeiros de primeira classe com baixos custos. Para as empresas de atuação mundial, é a oportunidade de “fazer o bem fazendo o bem”.


Por conta dos efeitos negativos do processo de urbanização – congestionamento, poluição, favelização e criminalidade -, os críticos dizem que essa é uma tendência que deve ser interrompida. No entanto, com uma parceria criativa entre as iniciativas privada e pública, pode-se chegar a uma nova abordagem para erradicar a pobreza por meio de inovações sociais e de negócios.


¹C. K. Prahalad é professor da Ross School of Business, da University of Michigan, e autor de A Riqueza na Base da Pirâmide (ed. Bookman).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A Bordo da Comunicação


A partir de hoje faço parte da equipe de colaboradores do A Bordo da Comunicação. Equipe, agradeço de coração mais este convite.

Vale a pena conferir o presente e o futuro das Relações Públicas.
E não deixem de conferir o meu primeiro embarque, aqui.

Até breve,
Lívia Brito.

Oferta versus Demanda

....em busca do suado equilíbrio!


Curioso notar que as empresas de bens de consumo ainda convivem com dois problemas extremos e de ordem antagônica: estoques em excesso para produtos que encalham nas prateleiras e estoques de menos para as “vacas leiteiras”, aquelas mercadorias que se vendem sem grandes reforços de marketing.

Esta inexatidão em controlar a demanda de consumo de cada produto constante do estoque acaba gerando desperdícios, seja pelos investimentos desnecessários ou pela perda nas vendas. Para se ter uma ideia do montante do prejuízo, apenas nos Estados Unidos, calcula-se que o descomedimento na gestão de estoques atinja de 60 a 80 bilhões de dólares ao ano, ao passo que outros 13 bilhões de dólares em oportunidades de vendas são perdidos, em igual período, pela ineficiência nas operações de estoque dos varejistas.

Aqui no Brasil, o cenário não é muito diferente. Uma pesquisa atual sobre gestão de demanda realizada pela Axia Consulting em parceria com a Ciclo Desenvolvimento, retrata que boa parte das empresas entrevistadas (34%) destacou o processo de influência da demanda (comportamento do consumidor) como a maior deficiência a ser corrigida dentro da cadeia produtiva, sendo que 60% dos respondentes classificaram como reativa a postura de sua empresa (espera mudar a demanda para mudar a cadeia). Certamente esta deficiência também leva aos excessos e faltas de estoque ao longo de toda a cadeia, e consequentemente o descontentamento do consumidor final.

Dada a dificuldade em prever as bruscas e recorrentes oscilações das vendas no varejo, é cada vez mais comum observar empresas de manufatura em busca de novas ferramentas e tecnologias capazes de eliminar gastos operacionais excedentes e de extrair o maior número de informações possível. Se a insuficiência na retenção de dados representa uma falha administrativa na empresa, seu acúmulo desordenado do mesmo modo o é. Afinal, do que vale reunir uma extensa base de informações se não for possível fazer dela uma fonte valiosa para a elaboração de futuras ações estratégicas?

Campanhas e promoções bem-sucedidas têm seu início na leitura de dados detalhados e fornecidos em tempo hábil de suprir as necessidades dos clientes, a despeito da complexidade e da pulverização de lojas por diferentes regiões do país ou do mundo. E como esperar que as companhias de bens de consumo consigam este grau de detalhamento a partir das informações vendidas pelas redes varejistas? Muitas delas ainda acreditam nessa prática, embora tantas outras já adotem plataformas internas para armazenar os dados, uma vez que cumprem a função com maior acuidade e precisão.

Em tempos de informatização dos processos, detectar a demanda de consumo passa a ser uma atividade de extrema complexidade, em que o monitoramento e a integração das múltiplas e simultâneas fontes de informação se fazem necessários para a formatação de uma oferta que corresponda às expectativas (cada vez maiores) dos clientes. E para uma empresa acompanhar este cenário de tormenta e não naufragar diante da concorrência, parece não haver uma alternativa tão satisfatória quanto a de se valer, de forma coerente, de recursos tecnológicos que a façam extrair o máximo de valor do relacionamento com cada um dos inúmeros perfis de seus clientes.

Em recente relatório, o instituto de pesquisas AMR Research constatou que 50% das redes varejistas analisadas optaram por instalar um repositório de dados de sinalização de demanda para controlar seus pontos de venda, por julgarem tratar-se de uma ferramenta útil no incremento dos lucros, muito em virtude da sua capacidade de centralizar e correlacionar as informações colhidas em cada loja. O panorama econômico atual favorece a aplicação de sistemas “just in time”, marcados pela máxima redução de estoques e de seus custos derivativos. Readequar os modelos de controle das informações que visem alcançar um meio-termo entre a insipiência da falta e a desnecessidade dos excessos, corresponde a pensar numa oferta condizente com a crescente exigência na demanda consumidora. E claro, num futuro promissor para a empresa.

Fonte: Assessoria de Imprensa BRSA
Autor: Américo de Paula
Revisão e Edição: Jaqueline Crestani

Artigo republicado daqui.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Comunicação Integrada de Marketing




Sabe-se que já não é possível criar ações de comunicação isoladas. As ferramentas de comunicação quando integradas possibilitam maior aderência da marca, do produto/serviço na mente do consumidor. A comunicação integrada de marketing permite ao profissional combinar ferramentas, mídias, veículos e objetivos comunicacionais.

Vale mencionar que no mercado atual, empresas e profissionais de marketing precisam acompanhar as mensagens que chegam aos consumidores, cuidando para que sejam claras, concisas e integradas (OGDEN, 2004). Alguns estudiosos consideram a CIM (Comunicação Integrada de Marketing) como uma das quatro áreas do mix de marketing, o “p” de promoção.

No entanto, a CIM abrange o composto mercadológico considerando o pensamento sistemático. Ou seja, analisam-se os diversos departamentos que direta e indiretamente influenciam no planejamento de comunicação, bem como as ameaças e oportunidades as quais a empresa está exposta, cujo sentido seja em direção ao “todo” organizacional: aos objetivos estratégicos.

A comunicação integrada de marketing corresponde à atividade de comercializar e informar sobre determinado produto/serviço por intermédio do composto mercadológico. Assim, faz-se necessário uma elaboração assertiva de todos os aspectos do planejamento, escolhendo de forma eficaz os subsídios que a organização oferecerá para o mercado consumidor. Gullo e Pinheiro (2005) afirmam que a conexão das ferramentas de comunicação de marketing acontece quando os objetivos traçados para uma marca indicam a estratégia a ser assumida pela administração de marketing.

Através da comunicação a empresa convence, persuade, atrai, muda idéias, gera atitudes, desperta sentimentos, provoca expectativas e induz comportamento. Por isso, a escolha do meio comunicacional traduz os desejos e as necessidades da organização para o target.

As principais ferramentas que possibilitam integrar a comunicação estratégica de uma empresa ou marca são relações públicas, marketing personalizado, propaganda, venda pessoal, e-commerce, promoção de vendas, entre outras variáveis que surgem acompanhando a evolução e os perfis de mercado.

Comunicar com clareza e entregar valor através da mensagem que o consumidor percebeu é resultado de uma comunicação e marketing integrados.

Os 20 mandamentos da boa gestão


Por Fernando Portella


Essas são algumas dúvidas que volta e meia tiram o sono de qualquer profissional. Algumas delas são fáceis de solucionar, outras, no entanto, demandam muito esforço. Para facilitar um pouco este trabalho, desenvolvemos ao longo de nossa carreira profissional os 20 Mandamentos da Boa Gestão.

São ideias e soluções capazes de nortear a trajetória em tempos de crise, que mesmo que muitos digam que já passou, ainda afeta o dia a dia das companhias ao redor do mundo. Embora o talento prevaleça, uma gestão competente ainda é primordial. Ao adotar estas regras um gestor pode garantir além do próprio sucesso, maior rentabilidade para sua empresa, fazendo com que ambos passem pela crise sem solavancos. São elas:




1 - O mercado é absoluto: acompanhe o concorrente, mas não necessariamente siga-o.

2 - Cash is king. Jamais esqueça.

3 - Retorno sobre o capital investido será sempre cobrado. Só você será culpado se o "payback" não aparecer.

4 - Somente lucros constantes e crescentes preservam uma relação sustentada entre executivos e acionistas.

5 - Seja político, mas não faça política na empresa.

6 - A decisão sempre é financeira. Mesmo sendo estratégica, ela tem que ser respaldada por base quantitativa.

7 - Seja cuidadoso, mas transparente.

8 - Preserve sempre o brilho nos olhos.

9 - Domine os números de sua área.

10 - Entenda sempre o modelo econômico e os fatores críticos de sucesso do negócio/setor que dirige.

11 - Faça sempre o crivo das questões fiscais e legais que suportam suas decisões. Entenda o risco, mas não tenha medo de tomar a decisão.

12- Nunca abra mão dos juros. Renegocie o principal, nunca os juros.

13 - Não diga não aos acionistas, diga que é prematuro.

14 - Não leve problemas aos acionistas. Leve um diagnóstico claro do problema, sua recomendação para solucioná-lo, os resultados esperados e um plano de ação.

15 - Você pode ter a caneta, mas o tinteiro está com os acionistas. Use a exata quantidade de tinta que lhe é dada, nem mais nem menos. Seus resultados é que vão lhe assegurar uma quantidade crescente de tinta.

16 - Seu aprimoramento profissional deve ser constante.

17 - Formação acadêmica é essencial. Não pare nunca de estudar, formal e informalmente.

18 - Tenha “hobbies" e amigos fora do seu dia a dia de trabalho. Construa "network" dentro e fora do setor que você atua.

19 - Tenha sempre empatia.

20 - Foque sempre no "red issue" (o que está tirando seu sono). Energia é escassa e deve ser usada com foco.

Seguindo essas dicas, você terá um caminho mais promissor. Só uma última dica: esteja alinhado com seu objetivo 24 horas por dia, 7 dias por semana, o ano inteiro.

Fernando Portella é CEO da Organização Jaime Câmara, maior grupo de mídia do Centro-Norte do Brasil e conselheiro da Oi, Iguatemi Empresa de Shopping Center e da Intermédica Sistema de Saúde. É ex-vice-presidente do Citibank Brasil e ex-CEO do Grupo O Dia de Comunicação.

Fonte: Http:\\www.administradores.com.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Inteligência e Estratégia



Por J. B. Vilhena¹


Ao consultar os dicionários etimológicos (aqueles que determinam a origem das palavras), descobriremos que inteligência se origina da junção inter (entre) + elegere (escolher, eleger). Traduzindo, inteligência é a capacidade de fazer escolhas.


Sabemos que o termo estratégia significa escolha das opções possíveis para atingir um determinado objetivo. Basta juntar essas duas definições para verificar que é preciso inteligência (capacidade de fazer escolhas) para atingir objetivos.


Este mês de outubro é importante, pois comemoramos o Dia do Vendedor. Por isso gostaria de discutir com você as razões que levam as empresas inteligentes a quase sempre buscarem alternativas para crescerem. Em primeiro lugar, é preciso fazer uma reflexão sobre as razões que justificam as organizações a buscarem obstinadamente o crescimento. Eu consigo pensar em pelo menos três:


1. Crescer para acompanhar o desenvolvimento do mercado (se o todo cresce e nós ficamos do mesmo tamanho, perdemos
market share).
2. Crescer para evitar que novos concorrentes se sintam estimulados a entrar no nosso mercado (novos entrantes são mais atraídos por mercados em que as empresas líderes estão estagnadas).

3. Crescer para ganhar mais dinheiro. Precisamos nos acostumar à ideia de que no sistema capitalista o crescimento é um importante indicador de desempenho.


Fazendo uma breve retrospectiva, fico triste ao lembrar que desde os meus tempos de executivo de vendas, cheguei a liderar equipes de mais de 200 vendedores e raramente encontrei acolhida para projetos de crescimento. Por quê? Por duas razões bastante simples:


1. Normalmente, o esforço de crescer demanda mais trabalho e dedicação.

2. Para evoluir é preciso ter uma estratégia, ou seja, torna-se necessário saber fazer escolhas.


O alto grau de profissionalismo dos vendedores de hoje talvez tenha atenuado a primeira razão de resistência ao crescimento, por isso não vou me deter muito nela. No entanto, ainda hoje percebo que continua muito grande o número de gestores da área comercial que não conseguem formular uma estratégia de crescimento consistente.


Sinceramente, acredito que isso se deve ao fato de esses gestores não terem a paciência e dedicação para estudar estratégias de vendas. Também atribuo às organizações uma parte importante dessa responsabilidade.


¹Esse breve artigo foi escrito por J.B. Vilhena, presidente do Instituto MVC e coordenador acadêmico do MBA em Gestão Comercial da FGV. Foi publicado na Revista VendaMais, em outubro de 2008, edição especial para a ExpoVendaMais 2008, na qual tive o privilégio de participar.


Aproveito para opinar. As organizações que definem estratégias possuem maior vantagem competitiva, desde o planejamento estratégico até os planos de ação para um determinado setor. No caso do setor de vendas, as estratégias devem ser abordadas de acordo com os objetivos da organização e, juntamente com o setor de Recursos Humanos com o intuito de capacitar os vendedores para cumprirem as metas. É verdadeiro quando Vilhena afirma que ainda há uma resistência ao crescimento pelos funcionários, é neste momento que o Recursos Humanos desempenha o seu papel de incentivar os colaboradores na busca do crescimento, oferecendo incentivos financeiros ou não.


É válido afirmar que as estratégias são formuladas de acordo com o composto mercadológico, ou seja, é necessário que todos os objetivos estejam em comum acordo para que não haja conflitos internos e externos. Para que se possa propor estratégia é preciso que se entenda o mercado e o
mix de marketing.

Lívia Brito.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O dilema dos gastos...

...investimentos de apoio à marca, em publicidade e promoção.

Durante os anos de faculdade perdi muito tempo na biblioteca dos periódicos: boas horas, eu diria. A partir de então, comecei a colecionar os artigos que mais me chamaram a atenção. Como todo universitário que se preze, perdi outras horas na fila do xerox. Ainda bem que descobri as maravilhas da internet e o fácil acesso às informações, mas confesso: ADORO revistas, sou capaz de folhear por um longo tempo uma revista atrás da outra, engolindo e filtrando os conhecimentos.

Enfim, à procura de uma boa matéria para fazer uma resenha, encontrei uma muito interessante e espero que gostem.

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O artigo refere-se a um estudo proposto pela Boston Consulting Group. O estudo apresenta uma nova metodologia cujo propósito é realocar investimentos de apoio à marca, em publicidade e promoção, de acordo com a estratégia da empresa.

Sabe-se que os gastos nas marcas certas e pontos de distribuição favoráveis resultam em investimentos e retornos mais eficazes. Diante da arena competitiva, a confusão de canais e ofertas, que se prolifera cada vez mais, faz com que os profissionais de marketing procurem entender quais são os canais e os modelos de promoção mais eficazes, embora busquem por meio de pesquisas de mercado algumas respostas.

A metodologia que será descrita aqui possibilita ao profissional aumentar
significativamente os retornos. Está fundamentada em uma abordagem orçamentária: "orçamento base zero" (modelo em que se desconsidera o desempenho passado) e na diferenciação agressiva dos níveis de investimento por marca, segmento de mercado, região ou país e varejista.

De fato, a maioria dos profissionais não inicia um trabalho com o objetivo de ter um mesmo retorno de investimento em todos os mercados, e isso é consequência da maneira como se planeja os orçamentos de apoio à marca. A maior parte das organizações realiza seus planejamentos orçamentários com base em resultados passados, uma ou duas vezes ao ano. De acordo com os resultados, os gestores acabam por limitar o uso dos recursos disponíveis. No entanto, considerar o orçamento "base zero" pode trazer melhores ações de comunicação.

O artigo afirma que o processo tradicional de planejamento orçamentário sofre com três pontos fracos:

1. Considera de modo limitado as diferenças significativas de intensidade e sensibilidade a publicidade e promoções que, com frequência, ocorre em segmentos de mercado e em regiões ou países;

2. Não consegue reconhecer as escolhas fundamentais que devem ser feitas entre estratégias de crescimento, de manutenção e de colheita de resultados para cada marca, segmento e região ou país;

3. Participação de mercado e impacto de investimentos de apoio sobre os lucros não são mensurados e, consequentemente, objetivos de participação não são vinculados aos orçamentos de publicidade e promoção.

A partir deste contexto, pode-se afirmar que há uma miopia sobre o planejamento orçamentário, limitando a disposição dos recursos de apoio à marca. A dinâmica do orçamento base zero tem como fundamento observações práticas sobre os vetores centrais do adequado suporte de publicidade e promoção. Os vetores são:

Intensidade do gasto em publicidade e promoção
: esse aspecto pode mudar consideravelmente de acordo com a categoria. Estima-se que o investimento médio em publicidade e promoção varia entre 5% e 45%;


Participação de mercado da empresa
: o investimento em publicidade que se requer para manter a participação de mercado (nível de manutenção) está diretamente relacionado com a posição competitiva e os ganhos de escala.


Níveis mínimos de investimentos
: quando abaixo de um nível mínimo costumam ser ineficazes; portanto, é melhor nem fazê-los.


Sensibilidade da categoria à publicidade e às promoções
: o efeito sobre a participação de mercado dos investimentos que superam o nível de manutenção difere de um segmento para outro. Esses investimentos somente serão eficazes se acompanhados de uma inovação radical e se todos os demais elementos do mix de marketing sustentarem o crescimento da participação de mercado.


O valor futuro da categoria
: o valor de qualquer aumento de participação pode variar muito, depende da marca, dos segmentos, regiões ou países, com o crescimento de mercado e da rentabilidade.

Com esses conhecimentos, o estudo afirma que é possível realizar uma análise do mercado e identificar a origem dos problemas referentes aos investimentos. Planejar uma solução por meio de uma definição orçamentária com "base zero" e realocar os investimentos de apoio à marca. essa metodologia pode reduzir os investimentos em publicidade e promoção em mais de 20% e, ao mesmo tempo, aumentar seu impacto no mercado.


Logo que esses vetores foram descritos, desenvolveu-se uma outra metodologia que possibilita a identificação de um nível considerado ótimo de investimento em publicidade e promoção, que envolve três etapas: medir a eficácia do gasto passado; estimar o valor presente líquido (VPL) de estratégias de crescimento, manutenção e colheita para cada marca e segmento, levando em conta as expectativas de valor e crescimento futuros da categoria; e determinar os níveis de gasto necessários para alcançar as metas de participação de mercado em cada estratégia e o nível de intensidade competitiva para cada marca, segmento e região ou país.

Apesar do artigo ter sido publicado há três anos, ainda há empresas que diagnosticam seus problemas com base em situações passadas. É preciso que haja uma extrapolação de tendências que tornam possível a obtenção de receitas e melhoram o conceito da organização em relação ao seu produto/serviço e, consequentemente,
vendem melhor e não apenas vendem mais.

Fonte: HSM Management, n. 58, set./out., 2006.

As percepções através dos sentidos...

...em um contexto de Marketing Multicultural.

Na seção "Extras" do blog A Bordo da Comunicação, um artigo sobre as percepções relacionadas ao Marketing. Visite e deixe sua mensagem.

Equipe A Bordo, obrigada.

Boa semana a todos!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Consumidor mais racional desafia marcas

por Agência Estado
28/09/2009

A crise financeira mudou os hábitos de consumo dos americanos e fez emergir um consumidor menos impulsivo e mais racional. Esse novo comportamento vem favorecendo marcas que oferecem preços baixos e também colocou um desafio para os pesquisadores de mercado no país.

"A crise fez com que os métodos tradicionais usados para analisar as escolhas dos consumidores não surtissem mais efeito. O consumidor se tornou mais racional, mas ele ainda sofre pressão de atributos emocionais na hora de decidir sua compra", afirma Eric Almquist, sócio da consultoria Bain & Company.

Antropólogo de formação, Almquist se especializou na área de estratégia e marketing do consumidor. Para ajudar as marcas a sobressaírem na crise, ele desenvolveu uma ferramenta de pesquisa batizada de Both Brain, que busca mapear os 'insights' dos consumidores quando vão às compras - apresentada na semana passada a executivos brasileiros.

"A freada no consumo dos americanos deve durar mais tempo do que muitos estão prevendo", diz Almquist, que calcula que vai demorar no mínimo cinco anos para que os consumidores voltem às compras como antes da crise.

"É nítida a preferência das pessoas por preços mais baixos e marcas próprias. Também estão sobressaindo as empresas que construíram uma reputação de qualidade, mas que adaptaram seus preços a essa nova realidade", diz o consultor, citando como exemplos as redes de varejo Walmart e Steve and Barry - que vende roupas a preços módicos desenhadas por celebridades como a atriz Sarah Jessica Parker. "Essas redes estão atraindo consumidores que antes não pisavam em suas lojas e têm grandes chances de mantê-los mais tarde, mesmo que recuperem seu poder aquisitivo", diz Almquist.

Mercado aquecido

No Brasil, onde os efeitos da crise financeira internacional não chegaram a prejudicar todos os segmentos de consumo, as marcas estão buscando ser mais diretas em sua comunicação.

"A ascensão da classe C ao mercado de consumo, algo que ocorreu a despeito da crise, fez com que as marcas buscassem formais mais objetivas de se comunicar", diz Eduardo Tomiya, diretor da BrandAnalytics, consultoria em gestão de marcas. Ao mesmo tempo, as marcas brasileiras procuraram não falar em crise em suas estratégias de marketing. "Diferente do que ocorreu no mercado americano, as campanhas continuam tentando capturar o consumidor por meio do apelo emocional."

Um dos efeitos da crise, nesse sentido, foi uma redistribuição das verbas para a publicidade, com reforço do marketing nos meios digitais e nas redes sociais. O mercado publicitário brasileiro fechou o primeiro semestre com investimentos de R$ 28 bilhões, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Ibope Monitor.

No caso da internet, houve avanço de 20%. "A internet cresce em importância, ao mesmo tempo em que empresas acordam para as redes sociais", diz David Reck, diretor da Enken, agência especializada em comunicação digital e que possui clientes como Gafisa e Michelin.

Fonte: Último Segundo

domingo, 27 de setembro de 2009

Marketing Estratégico

Como orientar-se num mercado hipercompetitivo

Entre os dias 22 e 24 de setembro tive a oportunidade de participar de um curso promovido pela ADVB/SC (Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil) e pela Consultare, empresa de Consultoria Organizacional. O curso de Marketing Estratégico teve como facilitador o professor PhD. Alexandro Bernhardt, o qual tem um amplo currículo como consultor e conselheiro de multinacionais.

Os assuntos abordados durante as aulas consideraram novos conceitos referentes ao Marketing Estratégico e sobre o comportamento do consumidor em relação à decisão de compra. Estes novos conceitos foram elaborados e são propostos pelo professor Bernhardt.

Marketing, de acordo com Bernhardt, é comunicar com clareza. Profissionais da área de comunicação devem planejar as ações de modo a transmitir informações verdadeiras e claras para o mercado, sem que possibilite interpretações míopes contra os objetivos organizacionais. Neste contexto, ser estratégico é entregar o valor que a audiência (consumidor e cliente) percebeu durante o processo de comunicação. Bernhardt (2008) explica:

Permanecer competitivo significa compreender a real interação que sua audiência tem com seu produto ou serviço. Significa duvidar da pesquisa de marketing e antever desejos, necessidades e soluções de maneira mais criativa e com valor muito superior às expectativas desta interação.

Esta definição possibilita a identificação de outros parâmetros que sustentem e sirvam de suporte para o Marketing Estratégico, principalmente no que diz respeito ao comportamento do consumidor. Sobre isto, Bernhardt criou um novo conceito: características naturais de decisão do consumidor (CNDC).

Essas características naturais de decisão do consumidor referem-se a um processo que visa melhorar a tomada de decisão, servindo-se inclusive da Pesquisa de Marketing para ANTEVER oportunidades junto ao seu consumidor-alvo e assim melhorar a compreensão e manipulação do composto mercadológico (Bernhardt). Logo, este conceito abre outros leques: a do composto mercadológico, o qual, em um mercado hipercompetivo, não pode levar em consideração somente os 4P's que conhecemos, mas planejar juntamente com as ações comunicacionais, o 5º P - Percepção.

É preciso identificar percepções, o mercado é composto por percepções distintas e por isso os hábitos de consumo mudam constantemente. Bernhardt afirma que as necessidades do consumidor mudam, pois seu perfil de vida se altera e são nesses momentos em que decisões de novas compras se forjam. É quando o profissional deve alterar em quatro vezes mais o perfil inicial.


Estamos o tempo todo sujeitos ao "bombardeio" de informações de produtos e serviços, tanto como profissional de comunicação quanto como consumidor/cliente. Em um mercado hipercompetitivo é preciso ter mobilidade estratégica para acompanhar as transformações do mundo, das exigências dos novos consumidores e do avanço tecnológico que auxilia no planejamento das ações. Bernhardt propõe que haja uma periódica destruição criativa, na qual um comitê formado por diretores e conselheiros reformulam resultados obtidos de acordo com o contexto atual.


Esses e outros assuntos foram discutidos durante o curso, de fato proporcionou uma nova visão de marketing para quem pretende seguir a profissão, ou implantar os conceitos. Particularmente, possibilitou a criação de novas ideias e a abertura de novas possibilidades.


Aproveito para agradecer, em nome de todos os participantes, à toda equipe ADVB/SC e Consultare.


Uma boa semana,


Lívia Brito
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Novos alvos.

Hoje não teremos o nosso chá das 17h com a Bárbara Bilek, tendo em vista o seu mais novo emprego, o tempo tem sido curto para as Relações Públicas aqui pelo Marketing das Cinco. Mas fiquei sabendo que ela está cada vez melhor na organização em que foi contratada. Semana que vem teremos novidades por aqui!

Porém, não pude deixar de passar aqui para tomar um café com vocês.

Não vim para falar especialmente de marketing, mas de "novos alvos". Essa semana, tive um aumento considerável de trabalho e uma necessidade de organizar meu ambiente de trabalho de modo a torná-lo flexível, facilitando a execução das tarefas. De fato não aprendi a Administração com toda a sua teoria, mas com a prática nesses seis anos de trabalho constante, cujo início foi no quarto semestre da faculdade. Com o aprendizado adquirido consegui me organizar profissional e pessoalmente, dentro e fora do local de trabalho, o que me possibilitou a abertura de novos alvos nas anotações da agenda.

Sabe-se que não é possível parar de estudar e, depois de um ano formada sinto a necessidade de partir para uma pós-graduação. Nos momentos vagos, pesquisei algumas faculdades que oferecem o curso de MBA em Marketing, Planejamento e Gestão de Negócios, Gestão de Pessoas e Processos e, ainda, Gestão Empresarial. Estou em dúvida entre esses cursos. E cheguei a conclusão de que quanto mais certeza temos de uma decisão, mais confusos ficamos, pois de fato refletimos se a decisão deve ser essa mesmo.


E além da pós-graduação, veio a vontade de alçar novos voos, dentro e fora do Brasil. Uma vontade de experimentar novas culturas, novos momentos e conhecimentos. São os meus novos alvos. Enquanto as minhas decisões não se concretizam, a pós-graduação será sem dúvida o meu próximo passo, bem como cursos de curta duração, workshops e feiras, que melhoram o meu saber e a rede de relacionamentos.
E gradualmente atingir um ponto de equilíbrio entre a profissional Lívia e a Lívia, simplesmente, unindo as duas personalidades e tornando-me uma só e, claro, imprevisível como os índices da IBovespa dessa semana. A semana foi produtiva e de altos ganhos para quem investe. Eu, que ainda simulo no Folhainvest senti aquela pontinha de inveja.

Bom final de semana cheio de novos alvos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

II Workshop de Educação Financeira

Esta semana, o Centro de Eventos do Shopping Beiramar (Florianópolis/SC) foi palco de uma série de palestras e minicursos sobre Educação Financeira. Os temas abrangeram desde as finanças do dia a dia até os grandes investimentos no mercado acionário.

Infelizmente não pude comparecer nos dois dias de palestras, mas apareci no primeiro dia, última terça-feira, e assisti as palestras de Marco Goulart e Tércia Rocha (Diretora de Comunicação da BM&FBovespa), ambos abordaram sobre o mercado de ações.

Marco Gourlart, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, palestrou sobre Técnicas de Análises de Investidores de Sucesso. Citou as melhores técnicas utilizadas por Joel Greenblatt, Warren Buffet, Peter Lynch. As "fórmulas do sucesso", assim apresentadas pelo palestrante, têm dois pontos em comum: informação e dedicação. Ou seja, para iniciar no mercado acionário é preciso muito conhecimento sobre as empresas que você se tornará sócio, por meio do investimento em ações; bem como, tempo e paciência para tomar as melhores decisões.
Goulart parafraseou Warren Buffet e afirmou: O mercado é cíclico e guiado por emoções, boatos e ganância. Por isso, as palavras chaves para se tornar um bom investidor é conhecer o mercado, as empresas, interpretar corretamente as notícias sem se deixar enganar pelas manchetes. Outro ponto interessante é seguido por Peter Lynch: alta diversificação na escolha das ações e não olhar para as empresas da "moda", que nem sempre oferecem um ótimo retorno e acabam sendo mais caras que as pequenas e médias organizações.

Os investidores, especialmente os iniciantes, devem ter em mente que investir no mercado de ações é obter retorno no médio e longo prazo. Analisar os riscos (operacional, legal, crédito e oscilação de preço), o retorno (PL) e muito conhecimento sobre o assunto.

A última palestra que assisti foi sobre a BM&FBovespa, - Mercado de Ações e Futuros, uma das maiores administradoras do mercado do mundo. Oferece serviços diversos para quem pretende investir, e a sua principal característica é a transparência. Todas as informações sobre a Bolsa de Valores é disponibilizada para todos, investidores ou não, desde as informações até os resultados financeiros das organizações. Este fato, oferece ao investidor uma garantia de onde e como ele está investindo o seu dinheiro. Mesmo que o mercado acionário não ofereça 100% de garantia, é possível prever no longo prazo e ficar atento às oscilações e "ciclones" financeiros.

Você encontrará mais informações sobre investimentos aqui.
E para quem deseja entrar neste mundo de ações, indico o Folhainvest e o Guiainvest. Entre, cadastre-se, escolha sua carteira de ações e boa sorte!

Lívia Brito.

Para entender RP (Rodrigo Cogo)

Ao procurar um artigo para publicar no Marketing das Cinco encontrei o site Mundo RP, no qual Rodrigo Cogo, que é profissional de Relações Públicas, publica artigos e matérias interessantes sobre a profissão. Como demonstração do que encontraremos no site, há uma breve explicação feita pelo próprio autor: Como entender RP, o qual eu transcrevo, parcialmente, a seguir.

Muita confusão envolve o termo "relações públicas" e a categoria profissional que abrange. Aliás, por conta de terminologias traduzidas de autores estrangeiros, com ênfase para os norte-americanos, todo o universo da comunicação social tem significados conflitantes. O Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (
www.conferp.org.br) disponibiliza em sua página a RESOLUÇÃO NORMATIVA N.º 43/02, de 24 de agosto de 2002, que define as funções e atividades privativas dos profissionais do setor.

Numa sociedade globalizada, que busca um exercício profissional interdisciplinar e valoriza a competência independente de formação acadêmica, talvez nem caiba muita explicação. O único porém é que as Relações Públicas é uma atividade regulamentada por lei (Lei nº 5377/67 e decreto-Lei 860/69), tendo os Conselhos Regionais de Profissionais (Conrerp's) como órgãos fiscalizadores - conheça mais das entidades representativas da classe - num conteúdo totalmente herdado do antigo portal Center-RP. Iniciativas de entidades assim e de universidades (veja as instituições de ensino que oferecem a Habilitação de Relações Públicas nos seus Cursos de Comunicação Social e também as opções de Pós-Graduação de universidades brasileiras) tentam colaborar com uma maior divulgação da área, como é o caso da Campanha "Relações Públicas: o Profissional de Resultados".

Muitas são as funções passíveis de serem desempenhadas em nome daqueles que investem e contratam pessoal especializado na área, seguindo um coerente Código de Ética. Tudo foi estruturado a partir de uma evolução histórica muito específica, e que naturalmente acaba tendo contínuas modificações. Mas entre as funções do setor, para uma compreensão mais rápida, estão:
  • elaborar o planejamento de comunicação da organização para dar unidade e otimização de esforços;
  • realizar e analisar pesquisas de opinião pública;
  • promover divulgação jornalística e elaborar veículos internos de comunicação (boletins, malas-direta, vídeos);
  • organizar estrutura geral de eventos (culturais, esportivos, sociais, empresariais, científicos), incluindo logística;
  • redigir e coordenar cerimoniais e protocolos;
  • interagir a organização com a comunidade através do marketing social;
  • zelar pela construção e credibilidade da imagem/marca da organização;
  • intermediar criação de campanhas institucionais e mercadológicas;
  • administrar interface com o consumidor final.
A idéia central, para resumir, é: se o ser humano depende de relacionamentos sociais para sua plena integração e realização com o mundo, também assim acontece com uma organização. É da qualidade das relações empreendidas (com funcionários, Governo, imprensa, comunidade, fornecedores...) que depende sua sobrevivência e seu progresso. Fidelidade, palavra de recomendação, simpatia comunitária são conseqüências diretas de uma correta política de Relações Públicas, pensando estratégica e integradamente uma empresa, instituição pública, organização não-governamental, político.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Fica a dica! Boa final de semana e até a próxima,


Bárbara Bilek.