quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Marketing Holístico.




Quem me lê já deve ter percebido o quanto eu gosto de pensar sistematicamente, às vezes preciso me conter para não escrever muito, pois vou puxando um assunto atrás do outro. Cá estou falando do sistema...

Para definir objetivos de marketing e comunicação deve-se planejar com base no todo. Definir os "pês" de marketing considerando o conjunto: o público que precisa do produto/serviço, este que precisa de uma praça (canal de distribuição) para ser ofertado e que precisa de promoção (comunicação) para ser informado. Se não houver essa integração, alguma coisa sairá errada.

Entretanto, há mais uma infinidade de coisas que compõe este planejamento, e é sobre essas "coisas" que vim falar.

Marketing Holístico é uma expressão proposta por Philip Kotler e Kevin Lane Keller, no livro Administração de Marketing (2006, 12.ed.). A expressão indica a importância de uma abordagem reconhecer e harmonizar o escopo e as complexidades das atividades de marketing.

Dentro desse contexto, entende-se por holismo o que não pode ser entendido por meio de uma análise separada - divisível -, pois não é possível entender o homem (os movimentos) em partes, mas como um todo que faz parte de um sistema. O movimento holístico consiste em passar da realidade relativa do mundo concreto a realidade absoluta do mundo de luz e de integrar os dois mundos de tal modo que o programa do todo se encontre em todas as partes.

No entanto, a interpretação que proponho é baseada no confronto entre o ser profissional e o ser pessoal, pois o pensamento holístico é sustentável. Ou seja, o indivíduo e a natureza não estão separados, formam um conjunto de sentimentos, conhecimentos, habilidades e atitudes. Acredito nesse pensamento para transformarmos o mundo num lugar melhor em todas as nossas ações.

O marketing como uma função gerencial que proporciona ao mercado experiências de compra, deve compreender as ações de comunicação integradas e sustentáveis com o intuito de tocar o consumidor/cliente durante a entrega de valor emocional e afetivo, por meio de uma comunicação clara, objetiva e verdadeira.

Será que, um dia, teremos um lugar assim?
Por enquanto são só ideias. Ideias que eu, como profissional socialmente responsável, pretendo explorar a partir de 2010!

E que venha o novo ano.
A saber, Marketing Holístico engloba o marketing integrado, de relacionamento, interno e o marketing socialmente sustentável.

A vocês, todos aqueles votos de felicidades, amor e PAZ na noite de Natal e Ano Novo. Juízo!

Ainda volto por aqui este ano com uma desconstrução criativa...
Caso queiram perguntar-me algo: Formspring.me/liviabrito

Grande abraço,

Lívia Brito.



domingo, 6 de dezembro de 2009

Inteligência Social, ligue o seu radar.




Não é incomum conhecermos profissionais estáticos, inertes ao mundo. Produzem apenas o que lhes competem, não reciclam os conhecimentos e agem com visão limitada. Este tipo de indivíduo perde espaço em pouco tempo.


Cada um é responsável pelo seu desenvolvimento e sabe que para isto há uma infinidade de possibilidades e oportunidades, basta otimizar os objetivos, as metas e o tempo. Neste contexto, considero a Inteligência Social um dos fatores que propicia "abrir a caixinha" do
eu interior para novas descobertas.

Inteligência ou competência social corresponde à capacidade de lidar com as pessoas, entender os seus sentimentos, os relacionamentos sociais e as convenções morais (Albrecht, 2006). Indivíduos com alta inteligência social possuem "radar social", têm uma percepção mais apurada, são sensíveis aos acontecimentos, conseguem interagir com diferentes mundos e meios. É o que comumente chamam de uma pessoa socializada, ou anti-social, no entanto com uma abordagem voltada às relações profissionais.


Profissionais com baixo "teor" de inteligência emocional e social dificilmente conseguem se adequar às mudanças, são resistentes e não compreendem que o desenvolvimento advém da boa vontade em fazer alguma diferença, e normalmente não se deixam mudar. Atualmente, as empresas preferem contratar as pessoas que buscam diferenciação e relação interpessoal flexível, dentro e fora da organização.


Esta competência requer "radar social", ou seja, estar atento de tal modo que possamos antever (percepção) características e perfis daqueles com quem lidamos e gerenciar a maneira como nos relacionaremos. Ao desenvolvermos esta inteligência criamos oportunidades de ampliar o networking (rede de relacionamentos) e interagir com culturas, pensamentos e profissionais diversos que, de alguma forma, transmitem conhecimento para a nossa "caixinha".

Vivemos uma era de transformação, de informação, de evolução nos relacionamentos, fatos que oportunizam a busca por capacitação social, pessoal e profissional. Pesquisas revelam que 15% do sucesso resultam da competência técnica, enquanto 85% referem-se à habilidade de se relacionar com as pessoas e desenvolver o pensamento sistemático. Pode-se afirmar que esta é uma característica inerente ao nexialista. Nexialistas são indivíduos capazes de solucionar problemas relacionando variadas abordagens, são aqueles que não são bons em um ou outro departamento, mas possuem ampliado conhecimento do todo, responsáveis por trazer o nexo e o gerenciamento de informações às estratégias organizacionais. (Maiores informações indico o livro O Marketing na Era do Nexo por Walter Longo e Zé Luiz Tavares).

Infelizmente presenciamos recém-formados com alto conhecimento técnico, entretanto quando entram para o mercado de trabalho deparam-se com a dificuldade de se relacionar com outrem. É preciso bom senso, autoconhecimento e reavaliação dia após dia, é necessário C.H.A.: Conhecimento, Habilidade e Atitude. Sair da "caixinha" e buscar outras competências. Que mal há ser economista e fazer teatro?

Relacione-se, socialize, amplie, compreenda... VERBALIZE!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O que acontece quando as mulheres vão às compras?



Engana-se quem acredita que a maioria das mulheres é mais consumista quando está na TPM. Não há dia nem hora, basta ter dinheiro na conta e disposição para caminhar de loja em loja. Sempre existe um motivo para ir às compras, mesmo que seja apenas gastar com o desnecessário. Não ter nada para fazer, desilusões amorosas, tédio num dia de sábado ou domingo, sair da rotina, achar que precisa renovar o guarda-roupa - tudo isso é uma motivação para passar uma tarde no shopping e sair carregada de sacolas.


Então ela decide pegar o ônibus ou levar o seu carro para passear, e muita, muita disposição para “bater pernas”. Nessas horas a comunicação e o marketing fazem uma grande diferença, desde a disposição das peças no ponto de venda (PDV) até o atendimento. Nem sempre o preço é empecilho, dependendo do produto/serviço.

A vitrine é o cartão de visitas quando apresenta uma variedade de peças sem deixar a loja poluída. Elas entram no local com uma ansiedade comum das mulheres, é o espírito consumista que toma de conta dos seus instintos e decisões de compra. Adoram quando as deixam à vontade na procura pela roupa ou acessório ideal. E fica impressionada quando surge alguma vendedora atenciosa. As mulheres prezam o bom atendimento, e num dia desse o que mais precisam é de atenção.

Mesmo que a conta tenha sido superior ao que pretendia gastar, ela paga porque achou o que procurava e foi bem atendida. Primar pela boa relação com as clientes e deixá-las satisfeitas, mesmo que não comprem nada, é uma das melhores ações de marketing – um dia elas voltarão e vão estourar o cartão de crédito.

Cada sacola é uma vitória e um sorriso no rosto, principalmente quando estão de bom humor. É comprovado: comprar deixa a mulher mais leve, mais feliz. Pode-se comparar a uma “rapidinha” com aquele amigo ou conhecido num dia qualquer da semana para sair da rotina, algumas até se arrependem horas depois, mas na hora foi a melhor transação do mundo. Em um dado momento esquecem e até programam outra saidinha – ao shopping.

A comunicação com este tipo de mulher deve ser singular, clara e objetiva. As vendedoras que tentam enrolar ou estão de “cara amarrada” são deixadas falando sozinhas, e dividir a atenção entre duas ou mais freguesas é a gota d’água. Ainda que não estejam com pressa, não estão ali para perder tempo e outras oportunidades de compra. É válido observar a diferença entre as mulheres que saem para passear e acabam comprando uma coisinha ou outra, daquelas que vão efetivamente comprar. É fácil identificar uma consumidora em potencial e se a comunicação é sem floreios é fácil torná-la uma cliente fiel.

É um público com características únicas: são pensativas quando param em frente a uma vitrine, são rápidas nas escolhas e por vezes muito indecisas. Por vezes pensam que poderiam investir melhor aquele dinheiro, mas quem está na chuva é para se molhar. São engraçadas e compartilham de experiências pessoais e/ou profissionais com as atenciosas vendedoras. Por isso a oportunidade de torná-la a melhor amiga da loja ou marca, converse: essa é a dica.

Sejam as mais modernas, as ‘antenadas’ com as estratégias de marketing, as mais hippies, as patricinhas, as ‘bichos-grilo’, as mães, as vovós, as meninas, as plugadas, as emos, as revoltadas com o consumo alheio – mulher gosta de gastar, ainda que seja com aquele livro de romance policial que tanto queria. Para conquistar uma mulher a comunicação e as estratégias de marketing devem ser envolventes, de tal modo que a rapidinha se transforme em um amor para vida toda.

Lívia Brito.